O Prefeito Municipal de Taiobeiras, Estado de Minas Gerais, no uso de suas atribuições definidas no art. 81, XXXIV na Lei Orgânica Municipal, pela Constituição Estadual e Constituição Federal e, nos termos do Art. 17 do Decreto 5376, de 17 de fevereiro de 2005 e pela Resolução nº 3 do Conselho Nacional de Defesa Civil.
CONSIDERANDO que o período chuvoso da região chegou ao fim em abril/2010 e que desde então agravou a persistência da redução na precipitação hídrica, sendo que foi registrado volume insignificante de chuvas, provocando a redução drástica do manancial de córregos, rios e açudes, causando desabastecimento de água para consumo humano e dessedentação de animais em todo o território do município de Taiobeiras.
CONSIDERANDO que persiste seca e que é insignificante a precipitação pluviométrica, tendo ocorrido no ano agrícola, compreendido entre Julho/2009 a Junho/2010 apenas 357,10mm de chuva e no ano civil o mesmo volume 357,10mm de chuva, trazendo, por conseqüência, sério problema de escassez de água, visto que os pequenos rios e córregos significativos para o abastecimento humano estão secos por completo ou foi cortado o fluxo d’água.
CONSIDERANDO que a seca comprometeu o abastecimento de água à população e a dessedentação animal, impondo-se a necessidade de uso de carro-pipa para atendimento à população rural e que parte da população está sobrevivendo em razão do fornecimento de cestas básicas.
CONSIDERANDO que de acordo com a Resolução nº 3 do Conselho Nacional de Defesa Civil CONDEC, a intensidade deste desastre foi dimensionada como de nível II, porte médio, com agravantes e com tendência de agravamento gradual e imprevisível.
CONSIDERANDO que a seca assola todo o município, causando prejuízos incalculáveis a centenas de pequenos agricultores que dependem única e exclusivamente de suas plantações para sobrevivência.
CONSIDERANDO que como conseqüência deste desastre, resultaram os danos humanos, e os prejuízos econômicos e sociais constantes do Formulário de Avaliação de Danos anexo a este Decreto.
Art 1º Fica declarada a existência de situação anormal provocada por desastre e caracterizada como SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Parágrafo Único - Esta situação de anormalidade é válida para as áreas deste Município, comprovadamente afetadas pelo desastre, conforme prova documental estabelecida pelo Formulário de Avaliação de Danos (Avadan) e pelo Croqui da área afetada anexo a este Decreto.
Art 2º O Departamento Municipal de Trabalho, Assistência Social e Cidadania e o Departamento Municipal de Indústria, Comércio e Agricultura, em parceria com a Comdec – Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e o Conselho Municipal de Defesa Civil, empreenderão as ações visando a minoração do sofrimento da população afetada pelo desastre.
Art 3º Este decreto entra em vigor na data da sua publicação, devendo viger por um prazo de 90 (noventa) dias.
Art 4º Revogam-se as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Taiobeiras (MG), em 03 de agosto de 2010.
DENERVAL GERMANO DA CRUZ
Prefeito Municipal
SISTEMA NACIONAL DE DEFESA CIVIL – SINDEC |
||||||||
|
AVALIAÇÃO DE DANOS - AVADAN |
|||||||
|
||||||||
1 - Tipificação |
|
|
2- Data de Ocorrência |
|||||
Código |
Denominação |
|
Dia |
Mês |
Ano |
Horário |
||
NE.SSC |
12.402 |
Seca |
|
03 |
08 |
2010 |
17:30h |
|
|
||||||||
3- Localização UF MG Município: Taiobeiras |
||||||||
4 – Área Afetada |
Não existe/Não afetada |
Urbana |
Rural |
Urbana e Rural |
|
Residencial |
|
|
|||
Comercial |
|
|
|||
Industrial |
|
|
|||
Agrícola |
|
|
|||
Pecuária |
|||||
Extrativismo Vegetal |
|||||
Reserva Florestal ou APA |
|
||||
Mineração |
|
||||
Turismo e outras |
|
||||
Descrição da Área Afetadatoda a zona Rural e urbana do município. |
|||||
|
|||||
5 - Causas do Desastre – Descrição do Evento e suas Características A seca provocou o rebaixamento do lençol freático e a diminuição da vazão dos poços artesianos e o esgotamento dos mananciais hídricos que abastecem o município. |
|||||
|
Telefones (0**61) 223–4717 (0**61) 414–5869 (0**61) 414–5804 Fax: (0**61) 226–7588 |
||||
6 - Danos Humanos Nº de Pessoas (anexo I) |
0 a 14 anos |
15 a 64 anos |
Acima de 65 anos |
Gestantes |
Total |
||||||
Desalojadas |
- |
- |
- |
- |
- |
||||||
Desabrigadas |
- |
- |
- |
- |
- |
||||||
Deslocadas |
- |
- |
- |
- |
- |
||||||
Desaparecidas |
- |
- |
- |
- |
- |
||||||
Levemente Feridas |
- |
- |
- |
- |
- |
||||||
Gravemente Feridas |
- |
- |
- |
- |
- |
||||||
Enfermas |
- |
- |
- |
- |
- |
||||||
Mortas |
- |
- |
- |
- |
- |
||||||
Afetadas |
1.984 |
3.699 |
369 |
58 |
6.110 |
||||||
|
|||||||||||
7 - Danos Materiais Edificações |
Danificadas |
Destruídas |
Total |
||||||||
Quant |
Mil R$ |
Quant. |
|
Mil R$ |
Mil R$ |
||||||
Residenciais Populares |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Residenciais - Outras |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Públicas de Saúde |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Públicas de Ensino |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Infra-Estrutura Pública |
|
|
|
|
|
|
|
||||
Obras de Arte |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Estradas (Km) |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Pavimentação de Vias Urbanas (Mil m2) |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Outras |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Comunitárias |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Particulares de Saúde |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Particulares de Ensino |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Rurais |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Industriais |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Comerciais |
- |
|
- |
- |
|
- |
- |
||||
Intensidade do Dano |
Valor |
|||||
Recursos Naturais |
Mil R$ |
|||||
Água |
Sem Danos |
Baixa |
Média |
Alta |
Muito Alta |
|
Esgotos Sanitários |
X |
|
|
|
|
- |
Efluentes Industriais |
X |
|
|
|
|
- |
Resíduos Químicos |
X |
|
|
|
|
- |
Outros |
X |
|
|
|
|
- |
Solo |
Sem Danos |
Baixa |
Média |
Alta |
Muito Alta |
|
Erosão |
X |
|
|
|
|
- |
Deslizamento |
X |
|
|
|
|
- |
Contaminação |
X |
|
|
|
|
- |
Outros |
X |
|
|
|
|
- |
Ar |
Sem Danos |
Baixa |
Média |
Alta |
Muito Alta |
|
Gases Tóxicos |
X |
|
|
|
|
- |
Partículas em suspensão |
X |
|
|
|
|
- |
Radioatividade |
X |
|
|
|
|
- |
Outros |
X |
|
|
|
|
- |
Flora |
Sem Danos |
Baixa |
Média |
Alta |
Muito Alta |
|
Desmatamento |
X |
|
|
|
|
- |
Queimada |
X |
|
|
|
|
- |
Outros |
X |
|
|
|
|
- |
Fauna |
Sem Danos |
Baixa |
Média |
Alta |
Muito Alta |
|
Caça Predatória |
X |
|
|
|
|
- |
Outros |
X |
|
|
|
|
- |
|
9 - Prejuízos Econômicos |
|||
Setores da Economia |
Quantidade |
Valor |
|
Agricultura |
produção |
|
Mil R$ |
Grãos/cereais/leguminosas |
7.170 |
T |
1.465,20 |
Fruticultura |
- |
T |
- |
Horticultura |
- |
T |
- |
Silvicultura/Extrativismo |
- |
T |
- |
Comercial |
- |
T |
- |
Outras (Pastagem) |
2.733,23 |
T |
109,28 |
Pecuária |
Cabeças |
|
Mil R$ |
Grande porte |
2.121 |
Un |
921,88 |
Pequeno porte |
- |
Un |
- |
Avicultura |
- |
Un |
- |
Piscicultura |
- |
mil unid |
- |
Outros (LEITE) |
1.300 |
Un |
286,45 |
Indústria |
Produção |
|
Mil R$ |
Extração Mineral |
- |
T |
- |
Transformação |
- |
Un |
- |
Construção |
60 |
Un |
1.134,00 |
Outros |
- |
Un |
- |
Serviços |
prest. de serviço |
|
Mil R$ |
Comércio |
- |
Un |
- |
Instituição Financeira |
- |
Un |
- |
Outros |
- |
Un |
- |
Descrição dos Prejuízos EconômicosAGRICULTURA: As lavouras de FEIJÃO, MILHO, MANDIOCA, CANA DE AÇÚCAR e SORGO GRANÍFERO tiveram perdas de 80%, 70%, 30%, 20% e 30%, respectivamente. Foram plantadas 450ha de feijão, 720ha de milho, 270ha de mandioca, 340ha de cana-de-açúcar e 20ha de sorgo granífero e, com isso, esperava-se uma produção em toneladas por hectares de 270 de feijão, 1.440 de milho, 3.780 de mandioca, 21.120 de cana-de-açúcar e 40 de sorgo. Com a seca persistente ocorreram perdas consideráveis,na produção, aferindo-se o resultado de 54t/ha para milho, 432t/ha de milho, 2.646t/ha de mandioca, 16.320t/ha de cana-de-açúcar e 28t/ha de sorgo, impactando negativamente na economia e na vida social local.
PECUÁRIA: Com a seca prolongada a redução da disponibilidade de oferta de água para dessedentação animal causou a redução da perda de peso nos animais de corte e reduziu a produção leiteira. Apesar das minguadas chuvas que caíram até julho/2010 as pastagens foram severamente atingidas, tendo redução média de 30%, em relação à área/volume do início do ano, impactando negativamente na economia local. O rebanho total do município era de 20.412 cabeças e esperava-se uma produção de 450.000L de leite e 76.824 arrobas de carne. Com a seca a produção de leite caiu para 337.000L e a carne para 65.000 arrobas, aferindo-se redução de 113.000L de leite e 11.524 arrobas de carne.
INDÚSTRIA Cerca de 60 olarias produziriam no período de 90 dias (05/05/10 até 03/08/10) cerca de 270 milheiros de tijolos comuns para construção civil, ao valor de mercado de R$140,00 o milheiro. Com a seca o resultado caiu pela metade, tendo auferindo as 60 olarias apenas a produção de 135 milheiros de tijolos no período, ao valor de R$140,00 o milheiro. |
10 - Prejuízos Sociais Serviços Essenciais |
Quantidade |
|
Valor |
Abastecimento d’Água (anexo III) |
|
|
Mil R$ |
Rede de Distribuição |
- |
M |
- |
Estação de Tratamento (ETA) |
- |
Un |
- |
Manancial |
431.424,00 |
M3 |
43,14 |
|
|
|
|
Energia Elétrica |
|
|
Mil R$ |
Rede de Distribuição |
- |
m |
- |
Consumidor sem energia |
- |
consumidor |
- |
|
|
|
|
Transporte |
|
|
Mil R$ |
Vias |
- |
km |
- |
Terminais |
- |
Un |
- |
Meios |
- |
Un |
- |
|
|
|
|
Comunicações |
|
|
Mil R$ |
Rede de Comunicação |
- |
km |
- |
Estação Retransmissora |
- |
Un |
- |
|
|
|
|
Esgoto |
|
|
Mil R$ |
Rede Coletora |
- |
M |
- |
Estação de Tratamento (ETE) |
- |
Un |
- |
|
|
|
|
Gás |
|
|
Mil R$ |
Geração |
- |
m3 |
- |
Distribuição |
- |
m3 |
- |
|
|
|
|
Lixo |
|
|
Mil R$ |
Coleta |
- |
T |
- |
Tratamento |
- |
T |
- |
|
|
|
|
Saúde |
|
|
Mil R$ |
Assistência Médica |
- |
p.dia |
- |
Prevenção |
- |
p.dia |
- |
|
|
|
|
Educação |
|
|
Mil R$ |
Alunos sem dia de aula |
- |
aluno/dap |
- |
|
|
|
|
Alimentos Básicos |
|
|
Mil R$ |
Estabelecimentos. armazenadores |
- |
t |
- |
Estabelecimentos comerciais |
- |
estabelec. |
- |
Descrição dos Prejuízos SociaisA intensa redução da reserva hídrica resultou em prejuízos às famílias, privando-o do acesso à água de boa qualidade para consumo humano. O desastre afetou também os animais com a falta de água, resultando na sua dessedentação. O desastre refletiu na economia do município e as condições de sobrevivência da população e dos animais das famílias, causando a redução de alguns alimentos e a majoração dos preços de outros, privando ou limitando as vítimas do seu acesso. Outro impacto negativo que a seca produziu foi a redução da renda familiar as famílias que dependem da produção de tijolos (indústria ceramista), restringindo o seu poder aquisitivo de bens essenciais à sobrevivência e ao bem-estar. |
11 – Informações sobre o Município |
||||||||
Ano Atual: 2010 |
Ano Anterior: 2009 |
|||||||
População (hab): 31.333 |
Orçamento (Mil R$): 37.025 |
PIB (Mil R$): 128.077 |
Arrecadação (Mil R$): 35.465,15 |
|||||
|
||||||||
12 - Avaliação Conclusiva sobre a Intensidade do Desastre (Ponderação) |
||||||||
Critérios Preponderantes |
|
|
|
|
||||
Intensidade dos Danos |
Pouco Importante |
Médio ou Significativo |
Importante |
Muito Importante |
||||
Humanos |
|
X |
|
|
||||
Materiais |
X |
|
|
|
||||
Ambientais |
X |
|
|
|
||||
Vulto dos Prejuízos |
Pouco Importante |
Médio ou Significativo |
Importante |
Muito Importante |
Econômicos |
X |
|
|
|
Sociais |
|
X |
|
|
Necessidade de Recursos Suplementares |
Pouco Vultosos |
Mediamente Vultosos ou Significativos |
Vultosos porém Disponíveis |
Muito Vultosos e Não Disponíveis no SINDEC |
|
X |
|
|
Critérios Agravantes |
Pouco Importante |
Médio ou Significativo |
Importante |
Muito Importante |
Importância dos Desastres Secundários |
X |
|
|
|
Despreparo da Defesa Civil Local |
|
|
|
X |
Grau de Vulnerabilidade do Cenário |
|
|
|
X |
Grau de Vulnerabilidade da Comunidade |
|
|
|
X |
Padrão Evolutivo do Desastre |
Gradual e Previsível |
Gradual e Imprevisível |
Súbito e Previsível |
Súbito e Imprevisível |
X |
|
|
|
|
Tendência para agravamento |
NÃO |
|
|
SIM X |
Conclusão |
|||||||||
Nível de Intensidade do Desastre |
I |
II |
III |
IV |
|||||
Porte do Desastre |
Pequeno ou Acidente |
Médio |
Grande |
Muito Grande |
|||||
|
X |
|
|
||||||
|
|||||||||
13 - Instituição Informante |
|
||||||||
Nome da Instituição Coordenadoria Municipal de Defesa Civil |
Responsável Cláudio Moreira Santos |
||||||||
Cargo Coordenador da COMDEC |
Assinatura |
Telefone (38) 3845-1157 (38) 3845-3252 |
Dia
03 |
Mês
08 |
Ano
2010 |
||||
14 – Instituições Informadas Informada |
|||||||||
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil X Secretaria Nacional de Defesa Civil |
|||||||||
15 - Informações Complementares |
|||||||||
Moeda utilizada no preenchimento: Real |
Taxa de conversão para o Dólar Americano: $1,7594 |
||||||||
Ato | Ementa | Data |
---|---|---|
DECRETO Nº 3345, 10 DE JANEIRO DE 2024 | CANCELA DESPESAS INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS, EMPENHADOS EM EXERCÍCIOS FINANCEIROS ANTERIORES. | 10/01/2024 |
PORTARIA Nº 4 SEARH, 10 DE JANEIRO DE 2024 | DESIGNA SERVIDORES PARA ATU-AR COMO RESPONSÁVEIS PELAS PUBLICAÇÕES DO DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE ACORDO COM O DECRETO MUNICIPAL Nº 3.328 DE 20 DE DEZEMBRO DE 2023. | 10/01/2024 |
PORTARIA Nº 162 SEARH, 16 DE NOVEMBRO DE 2023 | INSTAURA PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO POR OCASIÃO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO E CONTÉM OUTRAS PROVIDÊNCIAS. | 16/11/2023 |
PORTARIA Nº 160 SEARH, 16 DE NOVEMBRO DE 2023 | DESCLASSIFICA CANDIDATO QUE MENCIONA DO CONCURSO PÚBLICO 01/2019. | 16/11/2023 |
PORTARIA Nº 159 SEARH, 13 DE NOVEMBRO DE 2023 | INSTAURA PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PARA IDENTIFICAR O CONDUTOR QUE CON-DUZIA O VEÍCULO DO MUNICÍPIO DE TAIO-BEIRAS NA OCASIÃO DA INFRAÇÃO DE TRÂN-SITO E CONTÉM OUTRAS PROVIDÊNCIAS. | 13/11/2023 |